terça-feira, 24 de abril de 2012

EU ME JOGO MESMO!

Que mal tem em não ser covarde?
Não tenho medo nem do fogo
Que mesmo depois de queimar arde

Não tenho medo de expor melodias
de me expor todos os dias
O que me amedronta é o tédio, agonia

Não tenho medo de matar e muito menos de morrer
Tenho pena de quem morre de medo disso
Tenho um pouco de ansiedade com o envelhecer

Que mal há em correr ás vezes?
Será que é pecado, ficar parado?
Eu ando, ás vezes rastejo
Mas ás vezes eu também paro e mais nada vejo

Não tenho medo de  não ligar
Não tenho medo de não atender
Ás vezes isso é cruel, parece gelo
Só que por dentro, há chamas, então me fervo

Será que é mais fácil apontar?
E se apontar? E se calar? E gritar?
Depois dessa só um chá.

Hoje tudo grita, nunca socializei tanto
Sem precisar sair
Agora, estou sem correntes e subindo a montanha
E antes que o tempo voe, eu não tenho medo de altura
Pensar em cair me deixa nervosa
Mas sou ótima em me jogar, eu vou com tudo e muita prosa!


Suellen Raiana

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